quarta-feira, agosto 27

Sem título.

Depois de ficar devendo praticamente uma loja de doces cofexageradacof, retorno parar falar sobre absolutamente... Nada!
Sim, isso mesmo. Sobre nada.

Na verdade, não é que seja um nada, mas é que também não é sobre tudo. Ou melhor dizendo, nada em específico. Porque o nada, nada mesmo não seria nada e não teria o porquê de estar aqui, não é mesmo?

Muito bem, partindo do princípio do nada... Ou seria mais divertido começar do meio? A propósito, o nada tem começo, meio e fim? Porque até onde eu saiba, nada é nada e não tem nada. Uau, que repetição confusa de nadas. E toda essa repetição me lembrou de um problema comum (ao menos eu acho que é comum, porque várias pessoas sofrem desse mesmo... Problema? Loucura? Crise morfológica existencial?) que eu tenho desde que aprendi a falar. Bom, não sei exatamente quanto tempo faz isso, e não sei se isso começou quando eu comecei a falar ou se foi quando eu comecei a prestar atenção no que eu falo (Hahaha, e desde quando eu presto atenção no que falo? Que mentira deslavada. Eu abro a boca e as palavras começam a sair descontroladamente, e quando me dou conta, já falei até o que não deveria. Mas, deixemos isso de lado.). Enfim, o lance é que quando você repete a mesma palavra várias e várias vezes ela simplismente perde o significado!
Você fala a palavra e é como se não a conhecesse mais, como se fosse uma língua diferente ou algo assim. É bem estranho, e quando eu era mais nova adorava fazer isso. Era uma loucura total, dava um barato desgraçado. A minha preferida era "catchup". Ficava repetindo sem parar, em vários tons diferentes até que finalmente ela perdia o sentido e eu achava aquilo o máximo. Ficava rindo e repetindo a palavra sem entender, sabe? Incrível.
Às vezes eu exagerava e acabava demorando pra palavra voltar a ser compreendida pelo meu cerébro. Quando acontecia isso, eu entrava num puta estado de pânico e ficava morrendo de medo. Mas era só as coisas voltarem ao normal para, no dia seguinte, voltar a repetir alguma palavra até ela soar desconhecida. Acho que eu era um pouco viciada naquilo, quase uma dependente.
Imagina, uma criança entra no Narcóticos Anônimos pedindo ajuda pra parar com seu vício esquisito. Okay, melhor parar por aqui antes que alguém comece a achar que eu sou louca.

Voltando ao princípio (ou meio, ou fim, ou dois terços começados, ou nos acréscimos do segundo do tempo. O que você preferir) do nada, o que você fez hoje?
A resposta "nada" não é permetida aqui, tá? Porque veja bem, já estamos falando nada e fazendo nada. Bom, não exatamente. Eu estou escrevendo e você está lendo. Não, na verdade eu escrevi e você é que continua lendo. E na hora que você estiver lendo, que é o seu presente e o meu atual futuro, o que será que eu estarei fazendo?
Dormindo? Lendo? Planejando como dominar o mundo em 16 dias?
Acho que dominar o mundo em 16 dias é meio difícil, não acha? Sei lá, o Bush, o Google, a Coca-cola e o Bill Gates (e mais uma infinidade de pessoas e instituições) já estão há tantos anos tentando e não conseguiram nada. Como eu, uma garota que posta coisas sem sentido no blog, ex-viciada em repetir palavras até elas perderem o sentido poderá, em míseros 16 dias dominar o mundo?
Talvez, se eu seqüestrar alguém importante... Não, não, hackear os computadores da Nasa faria mais efeito. Mas como, se nem ao menos fazer um layout eu sei? No máximo meia dúzia de códigos HTML decorados sem mencionar que eu ainda enfrento problemas em acessar meu próprio e-mail por esquecer a senha. É, esqueçam isso de dominar o mundo (ou esqueçam apenas da parte dos 16 dias).

Quer saber, acho que mais do que pensar no que eu poderia estar fazendo na hora que você estiver lendo (não, eu não virei operadora de telemarketing), eu deveria era estar fazendo alguma coisa agora. Além de escrever, obviamente.
Faltam poucos meses pra eu me formar no Ensino Médio (o que não é grande coisa) e ainda não faço idéia do que fazer. Tudo bem, eu tenho uma vaga idéia, mas é estranho. Desde o dia em que você entrou na escola, na remota 1ª série, tu nunca parou pra pensar no que fazer depois (essa história toda de "depois", de "o que fazer depois?" e "depois blábláblá" já foi falado em uma postagem antiga, se não me falha a memória. Mas esquece isso. Não tem nada a ver com o andamento desse post mesmo). Talvez tu até tivesse alguns pensamentos vagos a respeito, mas como ainda ia demorar pra acontecer, eram só pensamentos. Mas agora essas coisas não estão tão distantes assim e confesso que eu estou com medo. Sempre existia o ano seguinte na escola para dar um apoio, para não ter com o que se preocupar. Mas agora as coisas não são mais assim e o ano que vem ainda é um mistério. Seria tão mais fácil se houvesse um número para ligar ao fim de cada ano, como se fosse o Você Decide (mas, é claro, o final que iria ao ar seria o que você decidiu, e não o que eles quisessem por no ar). Aí você ligava, decidia e pronto. Até porquê, para decidir, você assistiria a uma sinopse de cada um dos possíveis futuros para ter certeza do que decidir e não se arrepender depois. Seria ótimo. Ou não, talvez perdesse toda a graça das coisas.

E só pra finalizar, uma notícia estúpida que não tem nada a ver com nada (e é por isso que ela se encaixa perfeitamente aqui): a Shirley Temple tupiniquim vai virar boneca. Bo-ne-ca.
Oh céus, o fim está próximo. Definitivamente.

sexta-feira, agosto 8

E então é isso.

Exatamente como você disse que seria.


Às vezes você também se perde em pensamentos, se perguntando se o Destino existe? Se é tudo coincidência ou acaso?
Eu fico realmente em dúvida quanto isso. Sabe, eu prefiro pensar que nada está decidido, que sou que faço a minha sorte, que eu sou dona do meu caminho, etc. Mas aí acontece alguma coisa que te faz parar e pensar se aquilo que aconteceu foi apenas uma coincidência ou se, de fato, estava marcado para acontecer.
Como de repente se levantar, abrir a porta e começar a caminhar sem um rumo certo e se deparar com o amor da sua vida no ponto de ônibus (que, obviamente, tu acabou de conhecer). Ou de se atrasar para o vôo e descobrir, momentos mais tarde, que exatamente aquele avião que você iria pegar teve uma falha no sistema e caiu, sem deixar sobreviventes.
São coisas assim que me assustam. E agora, se você parar para analisar vai ver que um bocado de coisas que acontecem (ou aconteceram) na sua vida foram assim, meio sem explicação e cheio de mistérios, dando aquela sensação de que foi tudo minuciosamente traçado. Sabe, de você falar uma coisa que muda toda a sua vida, de agir sem pensar e ter resultados distintos no futuro.

Esses dias estão sendo um tanto estranhos pra mim. Não que os outros não sejam, minha vida é meio estranha, mas fazia um certo tempo que eu não ficava tão espantada com vários acontecimentos coincidentes. E isso vai da seqüência de números repetidos que eu vejo por todo lugar até aquilo de passar o filme na TV que eu estava afim de ver, ou de alguma certa música tocar no Media Player em modo aleatório.
Sem mencionar aquelas vontades que vem do nada, que são seguidas de uma descoberta nem sempre feliz e um insistente ponto de interrogação enorme sobre a minha cabeça.

[Off] O que uma pessoa tem na cabeça pra ficar entrando no MSN com uma foto sem camisa? Pior que eu me desconcentrei tentando descobrir quem era o cidadão. Te contar, viu... [/Off]

Mas voltando ao assunto, eu não sei se essa vontade estranha de "vou reler coisas passadas exatamente agora" e acabar lendo coisas que você não esperava ler e que te deixam com uma sensação estranha (e uma vontade de esclarecer uma coisa, mas já faz tanto tempo que eu acho que nem vale a pena. Quem sabe um dia no futuro eu venha a esclarecer tudo e deixar de ser a "indigna") é só uma coincidência, ou se realmente era para acontecer. Isso eu só poderei saber daqui alguns vários anos, quando eu já tiver vivenciado o desfecho dessa história toda e poder dizer se foi bom ou ruim as coisas terem aconteceido da maneira que aconteceram, se uma palavra muda tudo ou o quê. E isso eu digo no geral mesmo, na vida como um todo. Talvez se eu não tivesse pego o ônibus com a minha mãe há vários meses atrás eu não teria visto um cartaz de uma certa faculdade, me interessado por um certo curso de graduação, deixado ele de lado e retomado a idéia recentemente após a sugestão de um amigo.
São essas pequenas coisas que mudam toda a sua vida. Até mesmo um pequeno desentendimento, ou uma falha na comunicação pode resultar em coisas inimagináveis.

Quando eu páro para analisar a minha vida até agora, fica claro o quanto coisas que eu julgava pequenas mudaram toda a minha vida. Assim, eu posso dividi-la em dua partes bem definidas: o antes e o depois de 2004. Não vou me prolongar nesse assunto, (acho que só umas três pessoas que lerem isso aqui entenderão do que falo. Ou até menos do que isso) mas imagine que você está caminhando tranqüilamente e de repente começa a correr numa direção totalmente oposta. Foi mais ou menos assim que aconteceu. Claro que não tão simples, mas deixemos isso de lado. O fato é, que mudou TUDO de uma forma absurdamente RÁPIDA. Meus conceitos, toda a minha visão d emundo, das pessoas, amigos, etc e etc. Já na segunda parte da minha vida ela também pode ser dividida em mais duas partes (não de uma forma tão radical quanto a primeira, já que essa segunda divisão mudou muita coisa, mas não o meu eu por completo. Tá dando pra acompanhar?): o antes e o depois da metade de 2005. E aí sim, as coisas todas mudaram e nem de longe eu poderia ser comparada àquela primeira parte, o antes de 2004.
É claro que de lá pra cá algumas coisas mudaram, mas coisas mais superficiais, entende? E quando eu relembro, fico espantada em como coisas que começaram pequenas mudaram toda a minha vida; em como um momento que eu achei horroroso pode ser considerado como a melhor fase da minha vida (melhor fase em termos de libertação, mudança, esse tipo de coisa).

E isso tudo é tão complexo que eu acho meio improvável ser só coincidência.

O post ficou meio longo, mas que se foda. Falei demais em certas partes, algumas coisas muita gente não vai entender e se você chegou até aqui sem pular nenhuma parte merece um doce.

domingo, agosto 3

Vai e vem.

Eu nem sei por onde começar. Tem tanta coisa na minha cabeça, que fica indo e vindo, reboando... Mas tudo fica confuso e eu me perco, pois não sei mais como começou e nem que fim irá levar (já que a idéia principal muda constantemente).

Eu gostaria de agradecer às pessoas que passam aqui e comentam. De verdade, obrigada. Eu não faço idéia de como vocês chegam aqui, mas só de saber que tem gente lendo e se dando o trabalho de comentar, cara, é incrível. E isso me lembra de vários blogs que eu já visitei, mas nunca comentei. Eu não sei exatamente o porquê de não o ter feito, já que eram blogs e postagens brilhantes. Talvez, pra ter aquele momento só meu de leitura, entende? Como uma andarilha no meio da noite, que vai passeando silenciosa, absorvendo tudo com o olhar e só. Fora que em vários que eu visitava, o blog já estava abandonado. Era meio triste chegar numa postagem onde a pessoa se despedia, ou simplismente sumia. Aí, olhando bem, eu reparava que haviam poucos comentários em todo o blog e percebia que em muitos casos o motivo da morte desse diário virtual era a falta de leitores. Leitores esses que se manifestam comentando, que são um motivo para te fazer continuar. Caramba, será que nós só continuamos um projeto se ele tiver reconhecimento imediato? Será que nunca criamos algo só para nós?
É claro que todos queremos um lugar ao Sol, mas também é triste reparar que quase ninguém se importa consigo mesmo, estão sempre fazendo algo para os outros e ser reconhecido, raramente pelo próprio prazer.

E ainda nesse assunto todo de blogs, ontem uma amiga minha me manda o link de um "gêmeo" do meu blog. É, um blog que possue o mesmo nome que o meu. Onde será que estava a mente da guria na hora de criá-lo? E daí volta o assunto do "entrar em blogs e não comentar", já que eu entrei, li algumas postagens, fiquei feliz por ter criado o meu antes, mas não falei nada. Sei lá, eu poderia muito bem ter ido lá nos comentários e dar ao menos um oi, ou lançar uma piadinha tosca do tipo "E aí, chará?"

Mudando de assunto... Conhecem o Google Fight? Tu digita duas palavras e as bota para brigar. É uma saída rápida quando se está em dúvida na grafia de uma palavra (como eu fiz pra escrever "chará", que obteve 1.420.000 resultados contra 39.500 resultados de "xará"). Também dá pra bancar o bobo e ficar vendo quem ganha de quem numa espécie de rinha de galos feita com palavras. Aí tu joga lá Rolling Stones X Beatles, Luke Skywalker X Darth Vader, Harry Potter X Lord Voldemort ou o que mais a sua estupidez deixar. E ainda existe as últimas 20 lutas, caso você esteja com preguiça de pensar em mais coisa ou pura curiosidade pra saber das outras brigas. É retardado, eu sei. Mas o quê não é hoje em dia?