sexta-feira, abril 25

Show de Horrores - Conclusão

E houve a prova. Aliás, as provas: uma de Português/Humanas e a outra de Matemática/Exatas.


Já tem umas duas semanas (ou mais, ou menos... Preciso começar a anotar as coisas) que a fizemos e hoje saiu o resultado de uma delas. Mas, vamos ir por partes já que a lerda que vos fala esqueceu (não, ela não esqueceu, foi preguiça mesmo) de ir comunicando os fatos calmamente.


Na última postagem, a previsão era de que a prova seria na semana seguinte, cada matéria em um dia. Na verdade, foi só na outra semana, mas ainda separado pelas matérias.

Muito bem, a prova de Português/Humanas seria na terça e a de Matemática/Exatas na quarta. O mais curioso, é que até o dia de anunciarem a data das provas, todo mundo estava debochando da prova e dizendo o quão moleza seria fazê-las, mas com a prova se aproximando, uma pontada de pânico foi caindo sobre a escola e em todo lugar era esse o comentário: a prova do governo.

Na terça-feira de manhã, eu (lerda) descubro sobre o tal "gabarito vazado na internet na noite anterior" (isso que dá sua mãe te arrancar do computador a força cedo. As melhores coisas só acontecem na calada da noite) e todo mundo se preocupando em fazer suas colinhas e correndo para comparar com o vizinho, pra ver se era a mesma. Eu tava tranqüila com essa prova, mas não custa nada garantir o possível gabarito em um pedacinho de papel escondido no bolso da calça.
Bate o sinal, aquela apreensão. O professor entraa na sala, avisando que a prova só começaria mais tarde (é, eu não lembro mais qual foi o horário da prova =P) e que enquanto isso, poderíamos ficar lá de bobeira (Nota: Por que não avisaram a gente de que a prova começaria mais tarde? Nããão, nos pedem pra ir no horário normal só para ficar lá, sem fazer nada, desperdiçando o tempo que poderíamos estar dormindo u.u).
E, finalmente, a hora da prova. E mais que bosta de prova! Não veio lacrada e não havia sequer lugar pra colocar o nome.Muitíssimo bem feito, hã? Fora que as alternativas eram só "a-b-c-d" enquanto que no gabarito havia o "e". Fantástico.
A primeira pergunta, de inglês, deu até vontade de rir! Um textinho babaca para se ler, depois uma explicação pra pergunta a respeito dos cognatos (¬¬) e finalmente a pergunta. E as alternativas, mais bestas impossíveis.
Não era preciso ler duas vezes a questão pra poder responder. Não precisava nem pensar, para ser franca. O que foi foda, mesmo, foi a maldita redação. Escrever 20 linhas em um dia sem inspiração alguma não dá; sobre um tema que não me dava margens para enrolar (era alguma coisa sobre as leis não funcionarem no país); fora que letra pequena e linhas que não rendem não combinam. Ou seja, me matei de escrever pra conseguir míseras 22 linhas. (Começa a escrever na folha da prova, apaga. Escreve mais, apaga de novo. Volta a escrever, vê que não vai dar as 20 linhas, mas não tem mais o que falar sem ficar repetitivo e/ou voltando pro assunto do começo. Pega outra folha, reescreve o que estava na prova, enrolando bastante. Vê que ficou "menos pior", apaga o que estava na prova, passa da folha de rescunho pra prova, passa caneta por cima e apaga todo o lápis. Ufa!)
Entreguei e fui embora.

Nesse mesmo dia, à noite, sobe uma janelinha no MSN:

Fulano diz: E aí, estudou bastante pra prova de amanhã?
Eu diz: E vai fazer diferença estudar ou não? Não entendo nada de matemática mesmo. Me fodi. u.u
Fulano diz: Consegui a prova na internet. E o gabarito.
Eu diz: Pelo amor de Deus, me mande! *.*
Fulano envia arquivo.
Arquivo recebido com sucesso.

Ahá! Com o gabarito em mãos, lá fui eu pra escola. A situação era pior do que a do dia anterior, com gente que daria um rim pelo gabarito. Como eu sou legal, dividi minha preciosidade com a sala até que chega um e diz ter o gabarito... Com as respostas totalmente diferentes! E agora, qual era o certo? Enquanto discutiam sobre qual dos dois era o verdadeiro, chega mais um dizendo "O professor de Matemática fez as contas na sala tal, e as respostas tão comigo." Enquanto alguns pagaram por esse gabarito (sim, PAGARAM) um doido arranjou o mesmo e passou de graça. E lá fui eu, copiar mais um. Chega a professora e distribui as provas. Logo de cara, já vi que não seria tão fácil quanto a de Humanas (malditos números!) e que nenhum dos gabaritos eram 100% confiáveis, já que vários davam respostas totalmente impossíveis.
Uma hora e pouco de prova, muitos chutes e rezas depois, termino e entrego a prova.
Lá embaixo, a grande maioria das pessoas com cara de enterro e um pequeno número de pessoas felizes da vida, porque elas tinham o gabarito certo e acertaram tudo (pessoas chatas e sortudas do segundo ano). Oh vida, oh céus, oh azar.

Hoje, a professora de Português entrega as provas e passa as respostas na lousa. Adoraria dizer que gabaritei a prova, mas errei uma. Uma maldita pergunta do além, que não dava pra responder sem ajuda divina. (já que pela leitura e compreensão do texto era impossível. As alternativas não tinham nada a ver com ele)
Só mais dois guris da sala que acertaram as 19 perguntas e o resto da sala ficou numa média de 15 a 17 acertos. E teve gente que conseguiu a proeza de acertar menos da metade! Se fosse na de Matemática, seria até compreensível (xD), mas em uma prova onde as perguntas eram só ler e responder, não dá, né?
Bate o sinal, aula de matemática. Logo de cara o professor diz que não corrigiu e que nem irá corrigir a prova, porque aquela porcaria mal-feita não vale nada. Agora, se ele disse isso só para nos alegrar, mas na verdade irá corrigir e dizer que mais da metade da sala levou bomba, ou se ele está falando sério, eu já não sei. Espero, do fundo do coração que ele esteja falando a verdade. xD

E, foi isso. Eu sei que eu fiquei me gabando, dizendo que a prova seria idiota... Mas matemática, sabe, não rola. Eu ainda torço para que um dia seja possível escolher as matérias que você deseja estudar, e com certeza matemática e educação física serão as primeiras que eu irei chutar para bem longe.